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Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Atualizado às 20h10

Os Estados Unidos, por meio da secretária de imprensa da Casa Branca Jen Parksi, descreveram o assassinato do presidente do Haiti Jovenel Moïse de “crime trágico e terrível”.  

“Sentimos muito pela perda que os haitianos estão ando”, disse Parksi em entrevista a CNN, declarando que “estamos prontos e ao lado deles para oferecer qualquer assistência necessária”. “Nós os apoiamos e é importante que o povo do Haiti saiba disso”, afirmou a secretária. 

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Pelo Twitter oficial do presidente Joe Biden, o mandatário disse que todos estão “chocados e tristes” ao saber do “horrível” assassinato de Moïse e o do ataque que também atingiu a primeira-dama  Martine Moïse. O norte-americano disse que o país condena o “ato hediondo” e que estão prontos para “ajudar enquanto continuamos a trabalhar por um Haiti seguro e protegido”.

“Estamos chocados e tristes ao saber do horrível assassinato do presidente Jovenel Moïse e do ataque à primeira-dama Martine Moïse, do Haiti. Condenamos este ato hediondo – e estamos prontos para ajudar enquanto continuamos a trabalhar por um Haiti seguro e protegido”, disse.

O presidente de Cuba também prestou solidariedade ao povo haitiano no Twitter. Miguel Díaz-Canel Bermúdez disse que o país lamenta “profundamente” o falecimento de Moïse e condena “veementemente o ato violento que causou sua morte”. 

“Enviamos nossas condolências aos parentes e ao nosso irmão povo haitiano. Pedimos paz”, declarou o mandatário. 

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar “chocado” e “triste” com o assassinato. “Nossas condolências vão para sua família e ao povo haitiano”, escreveu no Twitter afirmando se tratar de um ato “abominável”. “Peço calma neste momento”, disse. 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo brasileiro, general Augusto Heleno, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que lamenta a morte do mandatário haitiano e que o país tem uma “história conturbada”. Heleno foi o primeiro comandante da Força Militar da Missão da Nações Unidas para Estabilização do Haiti, em 2004. 

“O Haiti é um país que até hoje não teve uma situação política estável (…) sempre foi muito conturbado, já foi a quinta missão de paz em virtude da eterna turbulência que praticamente é o estado normal da política haitiana”, declarou. 

Por sua vez, o mandatário venezuelano Nicolás Maduro condenou “veemente” o assassinato do Chefe de Estado do Haiti, afirmando que o episódio é um “fato lamentável”. “Nossas condolências a seus parentes e ao nobre irmão povo haitiano. Defendemos que a paz e a estabilidade reinem no Haiti”, disse.

Iván Duque, p presidente da Colômbia, afirmou no Twitter que rechaça “o vil assassinato” de Jovenel Moise e que se trata de um ato “covarde e bárbaro” contra todo o povo haitiano. 

“Apoiamos as instituições e a democracia”, escreveu Duque, “e solicitamos à Organização dos Estados Americanos (OEA) uma missão urgente de proteção da ordem democrática”, prosseguiu. 

Em comunicado, a OEA disse que o ataque é uma afronta “a toda a comunidade de nações democráticas”. “Os desacordos e as dissidências fazem parte de um sistema de governo forte e vigoroso”, disse o órgão, e afirmou que “assassinatos políticos não têm lugar em uma democracia”. 

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão vinculado à OEA, declarou por sua vez que “condena veementemente” o assassinato. 

Cuba e outros países também prestaram solidariedade ao povo haitiano; primeiro-ministro do Reino Unido disse estar 'chocado' com a situação

Président Jovenel Moïse/Twitter

Encontro em maio deste ano com delegação norte-americana na ONU em Quito

Ao lamentar o ocorrido, o presidente da República Dominicana, Luis Abinader, afirmou que “este crime mina a ordem democrática do Haiti e da região”. O país, única nação que faz fronteira terrestre com o território haitiano, fechou as fronteiras com o vizinho

Joseph Borell, alto representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, comunicou que está “chocado” com a notícia. Ele afirma que “este crime representa um risco de instabilidade e uma espiral de violência” e defende que os autores deste assassinato devem ser encontrados e levados à justiça.

Tsai Ing-wen, presidente do Taiwan, declarou que, “em nome do povo e do governo”, gostaria de apresentar condolências pela morte do presidente haitiano. “Estamos juntos com nosso aliado Haiti neste momento difícil”, disse. 

O presidente do Haiti nos anos de 2011 a 2017, Michel J. Martelly, declarou no Twitter que mantém a esposa de Jovenel, que também foi baleada no atentado, em suas orações. “Um duro golpe para nosso país e para a democracia haitiana que luta para encontrar seu caminho”, disse. 

Assassinato do preisdente do Haiti e situação do país

O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro da própria casa na madrugada desta quarta-feira (07/07). A informação foi transmitida pelo premiê interino do país, Claude Joseph, e confirmada por agências de notícias. 

O ataque, por volta da 1h local (2h em Brasília), foi feito por um grupo ainda não identificado, mas alguns dos envolvidos estariam falando em espanhol. A primeira-dama, Martine Marie Etienne Joseph, também foi baleada e morreu horas depois no hospital. Joseph repudiou o “ato odioso, inumano e bárbaro” e pediu calma. “Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer.”

Autoridades do país disseram ter frustrado uma “tentativa de golpe” de Estado contra o presidente, que teria sido alvo de um atentado mal sucedido em fevereiro. Mais de 20 pessoas foram presas na ocasião, inclusive um juiz federal do Tribunal de Cassação e uma inspetora geral da Polícia Nacional.

A oposição nega ter tentado dar um golpe, mas, há meses, pressionava pela renúncia de Moïse e pela nomeação de um presidente interino para um período de transição. Moïse governava o Haiti desde 2017 e, no ano ado, rompeu com o Legislativo e ou a governar por decretos. Ele dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, o que causou revolta da oposição, que reclamava o fim do mandato em 7 de fevereiro deste ano.