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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, foi recompensado na tarde deste sábado (24/05) com dois prêmios independentes: o FIPRESCI, da crítica internacional e o “Art et Essai”, dos exibidores independentes da França. A premiação foi anunciada poucas horas antes da cerimônia de encerramento do Festival de Cannes, confirmando as chances de uma recompensa do longa pelo júri presidido por Juliette Binoche.

A FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) reúne jornalistas de mais de 50 países. O “Art et Essai” é concedido pela AFCAE (Associação sa de Cinema d’Art et d’Essai). Em comunicado, a FIPRESCI esplicou que escolheu o filme por sua “generosidade romanística e épica; um filme que permite digressão, diversão, humor e caráter para evocar um tempo e lugar e uma história rica, estranha e profundamente preocupante de corrupção e opressão”.  

O texto diz ainda que O Agente Secreto “faz suas próprias regras. É pessoal, mas universal, e mergulha o público no mundo do Brasil governado pelos militares em 1977 e o mundo das pessoas boas em tempos ruins.” 

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O Agente Secreto está na competição oficial do 78° Festival de Cannes e concorre com outros 21 longas-metragens à Palma de Ouro. O filme está na lista dos mais cotados. Neste sábado, o importante crítico do jornal Le Monde Jacques Mandelbaum apostou que Kleber Mendonça Filho receberá a maior recompensa do Festival e que Wagner Moura levará o prêmio de melhor ator. 

O filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, foi recompensado na tarde deste sábado (24/05) com dois prêmios independentes: o FIPRESCI e o “Art et Essai”
Instagram/kleber_mendonca_filho

Thriller político  

O Agente Secreto se a em Recife em 1977 e explora as tensões políticas da época da Ditadura Militar Brasileira. Essa é a primeira colaboração entre Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura. Em entrevista à RFI em Cannes, o cineasta pernambucano, diz que fez a crônica de uma época.  

“É uma crônica em longa-metragem de um momento da história do Brasil que eu pessoalmente ainda lembro porque eu era uma criança, mas, ao mesmo tempo, eu acho que tem muita pesquisa histórica”, afirma. O cineasta acredita que o filme fala de “resistência” porque mantém o “olhar na realidade”. 

Segundo Wagner Moura, O Agente Secreto é um filme “absolutamente brasileiro”.   

Se levar a Palma de Ouro, O Agente Secreto vai quebrar um jejum de 63 anos. O único filme brasileiro vencedor da Palma de Ouro, até agora, foi O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, em 1962. 

Favoritos 

Para a imprensa especializada, além de O Agente Secreto, três filmes se sobressaem: Um simples Acidente, do cineasta dissidente iraniano Jafar Panahi; Sirât, do franco-espanhol Oliver Laxe; Sentimental Value (Valor Sentimental) do norueguês Joachim Trier. 

A entrada na competição do norueguês na quarta-feira mudou o quadro de apostas dos críticos. Sentimental Value foi aplaudido por 19 minutos após a estreia e ou a ser considerado o favorito.   

O suspense chega ao fim na noite deste sábado. O Festival de Cannes distribui ao todo 7 prêmios. Provavelmente, todos os filmes citados devem ser recompensados em uma categoria, mas pode haver surpresas.