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Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Mesmo diante da forte chuva no Rio de Janeiro neste sábado (16/11), movimentos populares que participaram do G20 Social fizeram uma grande marcha na orla de Copacabana em protesto contra o genocídio da população palestina na Faixa de Gaza.

Manifestantes também reivindicaram que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, rompa relações com o Estado de Israel.

“Essa marcha é o encerramento de um processo amplo que a gente está fazendo aqui desde o dia 14, as várias organizações populares do Brasil e da América Latina, no sentido de denunciar os crimes cometidos pelas grandes potências imperialistas que estão no Rio e estarão se reunindo no G20”, disse ao Brasil de Fato Cássia Bechara, do setor internacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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“Estarão reunidos aqui os maiores financiadores do genocídio da Palestina, financiadores econômicos mas também políticos. Essa marcha que tem como foco o cessar-fogo, o fim do genocídio, por uma Palestina livre do rio ao mar é exatamente para a gente dar esse recado. A Palestina hoje simboliza a luta de todos os povos oprimidos do mundo, que foram colonizados durante toda a história do sistema colonial capitalista”.

Na sexta-feira (15/11), o Tribunal Popular realizado por movimentos populares no G20 Social condenou o Estado de Israel pelo genocídio da população palestina. O massacre cometido por Israel representa o principal desafio para a condução do Brasil na presidência do G20 durante cúpula que acontece entre segunda (18/11) e terça-feira (19/11) na capital fluminense.

A condenação desse crime no Tribunal Popular eleva a pressão sobre o governo Lula por posições concretas contra o governo de Benjamin Netanyahu.

protesto no rio de janeiro pelo fim do genocídio em gaza
Priscila Ramos
Marcha no Rio de Janeiro pede cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza no sábado (16/11)

“Lula, rompa relações com Israel, o nosso dinheiro, quando vendemos petróleo para Israel vai para financiar o genocídio, esse petróleo vai para abastecer os aviões que jogam bombas em Gaza”, pede Bechara.

Em agosto, uma pesquisa encomendada pela organização sem fins lucrativos Oil Change International revelou que o Brasil é responsável por 9% do total de petróleo bruto fornecido a Israel e aponta que o embargo em relação ao petróleo ajudaria a promover um cessar-fogo na região. Organizações palestinas apontam que o Brasil pode ser considerado cúmplice do crime de genocídio por exportar petróleo a Israel.

A deputada federal Jandira Fegalli (PCdoB-RJ), participou da marcha para pedir o cessar-fogo no Oriente Médio, particularmente na Faixa de Gaza e no Líbano. “São dois espaços que estão vivendo não uma guerra, porque não é Estado contra Estado, é um Estado contra povo, contra o povo desarmado, massacre, genocídio, assassinatos, ausência de total possibilidade de o a alimentos, destruição de patrimônio, algo inaceitável. Então essa marcha tem o sentido de jogar uma voz para que a gente possa tentar interferir na própria cúpula dos chefes de Estado”.

Uma carta elaborada por organizações populares palestinas e libanesas será entregue ao ministro Márcio Macedo, secretário-geral da Presidência da República e responsável pela coordenação do G20 Social. “Será entregue a ele pelos árabes com o nosso apoio para que isso chegue na mão do Lula antes da Cúpula do dia 18 e 19”.

O Levante Popular da Juventude levou para as ruas cerca de 3 mil pessoas do acampamento organizado pelo movimento no Rio de Janeiro.

“Estamos aqui junto dos movimentos populares pra denunciar o extermínio da juventude, que acontece em todo o mundo. Se na Palestina eles ‘genocidam’ os jovens e as crianças, aqui no Brasil as mesmas armas nos matam nas periferias. ‘Levante pela vida da juventude’ é o recado do Levante nesta marcha de hoje, mas não só. A marcha acontece no terceiro dia do nosso evento e queremos dar um recado pra juventude de todo o Brasil: a transformação da realidade só será possível com juventude organizada nas ruas, fazendo luta popular”, disse ao Brasil de Fato Daiane Araújo, também vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).