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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Atualização às 19h27

O governo do Paraguai decidiu suspender nesta terça-feira (01/04) as negociações referentes ao Anexo C do Tratado de Itaipu “até que o Brasil forneça respostas satisfatórias” a suposta operação de inteligência conduzida pelo Brasil que teria visado autoridades paraguaias envolvidas nas negociações sobre a hidrelétrica binacional.

O Anexo C trata das bases financeiras e da prestação de serviços de eletricidade da usina, sendo fundamental para a definição das tarifas de energia entre os dois países.

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Além da suspensão, o embaixador brasileiro em Assunção, José Antônio Marcondes, para prestar esclarecimentos sobre o caso.

A informação foi divulgada pelo chanceler paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, em entrevista coletiva. Segundo Lezcano, “convocamos o embaixador do Brasil no Paraguai para que ofereça explicações detalhadas sobre a ação de inteligência levada a cabo pelo Brasil mediante a entrega de uma nota oficial para que explique as ações desenvolvidas no marco dessa ordem por parte do governo Brasil”.

Segundo o jornal paraguaio ABC, o presidente da Comissão de Entidades Binacionais da Câmara dos Deputados do país, Mauricio Espínola, apresentou também nesta terça um projeto instando o Poder Executivo do Paraguai a pedir explicações do governo brasileiro sobre o caso.

O deputado colorado, Hugo Meza, afirmou que caso seja confirmada a invasão é “gravíssima”. “Graças a Deus somos parceiros. Isso é realmente extremamente sério de todas as perspectivas, afirmou, segundo o ABC.

Rubén Ramirez L/X
Atualizações sobre negociações entre Paraguai e Brasil foram concedidas pelo chanceler Rubén Ramírez Lezcano

Mesmo o deputado da oposição Adrian “Billy” Vaesken disse que o Poder Executivo paraguaio “deve levar a sério” o suposto ataque e “tomar medidas firmes”.

Já o chefe do Ministério de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraguai, Gustavo Villate, chegou a afirmar anteriormente que a suposta invasão não afeta as relações entre os dois países. Sobre as negociações para o Anexo C, garantiu que Brasília e Assunção “estão tomando precauções para um trabalho bem-sucedido”.

Brasil “desmente categoricamente” ataque

O governo do Brasil esclareceu a suposta ação hacker que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria feito contra o Paraguai, noticiada pelo portal UOL na última segunda-feira (31/03).

Por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores, o governo Lula desmentiu “categoricamente” qualquer envolvimento em ação de inteligência noticiada contra o Paraguai.

Segundo o comunicado, a operação foi autorizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em junho de 2022 e “tornada sem efeito pelo diretor interino da ABIN em 27 de março de 2023, tão logo a atual gestão tomou conhecimento do fato”.

“O atual diretor-geral da ABIN encontrava-se, naquele momento, em processo de aprovação de seu nome no Senado Federal, e somente assumiu o cargo em 29 de maio de 2023”, explicou ainda a istração de Lula.

O comunicado lembrou ainda que a nação vizinha faz parte do Mercosul e que Brasília e Assunção mantêm “relações históricas e uma estreita parceria”.

“O governo do Presidente Lula reitera seu compromisso com o respeito e o diálogo transparente como elementos fundamentais nas relações diplomáticas com o Paraguai e com todos seus parceiros na região e no mundo”, completou a nota do Itamaraty.

(*) Com Brasil247 e informações de ABC