Milhares se reúnem em Houston em memória de George Floyd, no 8º dia de protestos nos EUA
Manifestantes também se reuniram em outras cidades dos EUA, como Washington, Nova York (ambas com toque de recolher), Chicago e Los Angeles; Trump autorizou uso do Exército contra protestos
Cerca de 60 mil pessoas, de acordo com os organizadores, se reuniram nesta terça-feira (02/06) em frente à Prefeitura de Houston, no Texas, em memória de George Floyd, norte-americano negro assassinado por um policial branco em Minneapolis na semana ada. A manifestação marca mais um dia de protestos contra a violência policial nos EUA.
Após o encerramento do encontro em frente à prefeitura, os manifestantes no Texas fizeram uma marcha pela cidade, acompanhados de forte presença policial.
A família do cidadão assassinado pela polícia em Minneapolis participou do evento em Houston. A repórteres, Roxie Washington, a mãe da filha de Floyd, disse que quer justiça. “Não tenho muito dizer porque me faltam palavras agora, mas quero quer todos saibam o que estes policiais tiraram. No final do dia, eles vão para casa e encontram suas famílias. Gianna [a filha de Floyd] não tem um pai. Ele nunca a verá crescer, fazer faculdade. Nunca a levará ao altar. Se houver algum problema em que ela precise do pai, ela não o terá mais”, disse.
No mesmo horário, só que na costa leste, em Washington, manifestantes começaram a marchar em direção à Casa Branca, onde, na segunda (01/06), foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo para que o presidente Donald Trump (Partido Republicano) pudesse andar da sede do governo norte-americano para a Igreja Episcopal de São João, do outro lado da avenida Pensilvânia.
O ato de Trump, que resultou em uma foto na qual ele segura uma Bíblia – em uma operação marcada para posar para a imprensa – veio após um discurso em que autorizou o envio de “milhares de tropas altamente armadas” do Exército norte-americano para reprimir os protestos.
A prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, decretou toque de recolher na cidade, a partir das 19h (20h em Brasília) pelo segundo dia seguido.
A mesma medida foi tomada em Nova York, tendo sido antecipada para as 20h (21h em Brasília) ao invés das 23h (0h em Brasília), como aconteceu na segunda. À CNN, um membro da polícia local disse que a presença policial será “reforçada” nesta terça – na segunda, o governador democrata Andrew Cuomo prometeu dobrar o efetivo na cidade.
Em Chicago e Los Angeles, no final da tarde desta terça, também foram registrados protestos que terminaram sem violência.
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