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Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Um movimento argentino que reúne familiares de ex-militares condenados pela Justiça por violações aos direitos humanos durante a última ditadura do país – ocorrida entre 1976 e 1983 – publicou uma carta pública na qual cobram do presidente Javier Milei e de sua vice, Victoria Villarruel, o cumprimento de uma promessa feita durante a campanha, pela qual ambos teriam se comprometido a indultar esses criminosos.

“Porque é que as autoridades não cumprem as promessas feitas aos familiares das vítimas do terrorismo judicial de hoje e abandonam aqueles que também lutaram pelas suas vidas e os mantêm na prisão até aos 100 anos, sofrendo tratamentos cruéis e degradantes?”, questionam as 16 mulheres que assinam o texto que foi veiculado pelo diário La Nación.

A carta dá a entender que Milei teria feito um acordo durante a campanha para indultar violadores de direitos humanos caso fosse eleito presidente, ao cobrar o cumprimento de “promessas feitas aos familiares”.

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Em outro trecho, o grupo afirma que os festejos de ano novo na Argentina não foram completos, “porque se cumpriu 20 anos da injusta e ilegal prisão dos nossos soldados, que defenderam o país do terrorismo nos Anos 70, o mesmo que hoje ataca a Israel e do qual nós nos horrorizamos”.

Movimento difundiu carta mencionando “promessas feitas aos familiares” de militares violadores de direitos humanos, que teriam sido feitas pelo candidato de extrema direita durante campanha eleitoral e que não foram cumpridas até agora

A Liberdade Avança

Milei e Villarruel, presidente e vice da Argentina, teriam feito promessa a familiares de militares condenados durante a campanha eleitoral

O uso do termo “terrorismo judicial” foi outro fator que chamou a atenção no texto, já que costuma ser usado pela vice-presidente Villarruel justamente para defender a tese de que os militares condenados teriam sido vítimas de um suposto “ativismo” de algumas figuras do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Vale lembrar que Villarruel é uma advogada que ganhou projeção nacional na Argentina como defensora de militares condenados por delitos de violação aos direitos humanos, incluindo tortura e desaparição forçada de opositores da última ditadura do país.

As familiares de violadores de direitos humanos encerram sua carta pública com um apelo: “vamos unir esforços para que ninguém arranque as nuvens brancas do nosso céu”.