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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O presidente Lula voltou a condenar, neste domingo (01/06), os ataques de Israel na Faixa de Gaza, que levaram à morte de mais de 54 mil pessoas. Ele também criticou duramente a proposta israelense de estabelecer 22 novos assentamentos na Cisjordânia, região internacionalmente conhecida como parte do futuro Estado palestino.

Sua manifestação ocorreu durante o encerramento da convenção nacional do PSB, em Brasília, que marcou a agem da liderança do partido para o prefeito de Recife, João Campos.

Em meio a aplausos e gritos de “Palestina livre”, o presidente brasileiro classificou as ações de Israel como genocídio e responsabilizou o governo de Benjamin Netanyahu de agir contra a criação do Estado palestino, proposta apoiada pelo Brasil.

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“Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino. Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, afirmou.

“O que nós estamos vendo não é uma guerra entre dois exércitos preparados, em campo de batalha com as mesmas armas. É um Exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Isso não é uma guerra. É um genocídio contra e em desrespeito a todas as decisões da ONU, que já pediu o fim essa guerra”, complementou.

Lula condenou genocídio praticado por Israel e leu nota do Itamaraty contra assentamentos na Cisjordânia
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Conselho de Segurança

Durante a convenção do PSD, Lula também se posicionou contra a Guerra da Ucrânia, cobrando pelo seu imediato cessar-fogo.

“O mundo gastou no ano ado US$ 2,4 trilhões em armas, enquanto 733 milhões de seres humanos dormem todas as noites sem ter o que comer. Não por falta de alimento, mas por falta de dinheiro para as pessoas comprarem os alimentos. Se esse dinheiro gasto em armas fosse gasto em comida, teríamos todo mundo com a barriga cheia, todo mundo saudável”, afirmou.

Lula defendeu a ampliação e a reforma no Conselho de Segurança da ONU. Atualmente, o poder de veto de seus principais membros, envolvidos em conflitos, impede o fim dos confrontos.

“Os EUA invadiram o Iraque por conta própria, sem consultar a ONU. A França e a Inglaterra invadiram a Líbia sem consultar ninguém. E Israel fez o que está fazendo sem consultar ninguém. A Rússia também invadiu a Ucrânia sem consultar ninguém. Se os membros do Conselho de Segurança da ONU não se respeitam e não discutem coletivamente, a ONU perdeu credibilidade”, afirmou.

Nota do Itamaraty

Durante o evento, Lula leu a íntegra da nota divulgada pelo Itamaraty neste domingo (01/06). O texto condena, “nos mais fortes termos”, a recente decisão de Israel de aprovar 22 novos assentamentos na Cisjordânia.

A região é internacionalmente conhecida como parte do futuro Estado palestino. O Itamaraty, que defende a existência de dois Estados, classifica a proposta de “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”.

Diz a nota:

O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o anúncio pelo governo israelense, realizado no dia 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que é parte integrante do Estado da Palestina.

Essa decisão constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional e contraria frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter esse país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território.

O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados.

Reafirma, ainda, seu histórico compromisso com um Estado da Palestina independente e viável, convivendo em paz e segurança ao lado de Israel, nas fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental.

(*) Com Agência Brasil.