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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, posicionou-se nesta segunda-feira (02/06) contra os ataques israelenses realizados no dia anterior próximo a um centro de ajuda humanitária em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e pediu uma investigação “imediata e independente” sobre o atentado.

Segundo a agência de Defesa Civil palestina, a ofensiva israelense que se direcionou à chamada Fundação Humanitária de Gaza, um suposto local de distribuição que tem apoio do regime sionista e dos Estados Unidos, deixou ao menos 35 mortos e centenas de feridos.

“Estou chocado com os relatos de palestinos mortos e feridos ontem enquanto procuravam ajuda em Gaza. É inaceitável que arrisquem a vida para procurar por comida”, disse Guterres, acrescentando que exige “uma investigação imediata e independente sobre o ocorrido e que os responsáveis sejam convocados para responder [sobre os ataques]”.

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De acordo com o secretário-geral da ONU, “Israel tem obrigações claras, dentro do direito internacional humanitário, de aceitar e facilitar o ingresso da ajuda em larga escala sem obstáculos, que deve ser retomada imediatamente, de modo a atender às enormes necessidades de Gaza”.

“A ONU deve poder trabalhar em segurança” no enclave, concluiu.

Vale lembrar que a ONU se recusou a trabalhar com a Fundação Humanitária de Gaza por preocupações com sua neutralidade, com algumas agências de ajuda levantando suspeitas de que o local tenha sido projetado estrategicamente para atender aos objetivos militares israelenses.

Em um artigo publicado em 24 de maio, o jornal norte-americano The New York Times ouviu funcionários israelenses, que falaram sob condição de anonimato, e informou que o plano para suposta ajuda em Gaza foi “concebido e desenvolvido em grande parte por israelenses como uma forma de prejudicar o Hamas”.

Em toda a região, o balanço de palestinos mortos por bombardeios israelenses nas últimas 24 horas é de 52 pessoas, além de 503 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza nesta segunda-feira.

Ainda segundo a pasta, desde 7 de outubro de 2023, o número total de mortos ultraou a marca dos 54.470, sendo a maioria das vítimas fatais mulheres e crianças, enquanto o número de palestinos feridos é de 124.693. 

ONU se recusou a trabalhar com a Fundação Humanitária de Gaza por preocupações com sua neutralidade; agências de ajuda levantam suspeitas de que local atenda aos objetivos militares israelenses
X/WikiLeaks

Ataques em Gaza

Na noite de domingo (01/06), um ataque aéreo israelense destruiu completamente o Hospital de Diálise Noura Al-Kaabi, localizado no norte de Gaza, o único na região que oferece tratamento renal e atendia a uma grande população de Beit Lahia, Beit Hanoun, Jabalia e Umm al-Nasr.

Ao mesmo tempo, as forças israelenses também bombardearam edifícios residenciais na Cidade de Gaza. No sul do enclave, em Al-Mawasi, um projétil de artilharia matou quatro palestinos, incluindo uma criança. 

As operações israelenses também avançaram em bairros no leste do enclave, enquanto bombardeios aéreos atingiram os arredores do noroeste de Khan Younis, no sul.

(*) Com Ansa e Telesur