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Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Paris pediu à Comissão Europeia que analise se Israel está cumprindo ou não o acordo de associação com a União Europeia (UE), em meio à sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, declarou nesta terça-feira (20/05) o ministro francês da Europa e das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot. A ONU foi autorizada a enviar “cerca de 100” caminhões com ajuda humanitária para o território palestino sitiado da Faixa de Gaza, que enfrenta a fome, segundo informações de um porta-voz em Genebra.

“Os Países Baixos propam reavaliar o acordo de associação entre a União Europeia e Israel, em particular o cumprimento do artigo 2, que determina que ambas as partes — Europa e Israel — devem respeitar os direitos humanos”, declarou Jean-Noël Barrot à rádio Inter.

“Apresentamos nosso apoio a essa iniciativa, e faço um apelo à Comissão Europeia para que conduza essa análise, examine essa solicitação e determine se Israel cumpre ou não esse artigo, se respeita ou não suas obrigações em matéria de direitos humanos”, afirmou.

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O chanceler francês acrescentou que, caso fique comprovado o descumprimento, a implementação do acordo pode ser suspensa, com impactos diretos no comércio entre as partes. “Nem Israel, nem a União Europeia, têm interesse em encerrar esse acordo. Mas (…) as imagens que chegam de Gaza, a situação dos civis, das mulheres e das crianças, nos obrigam a avançar um o além”, disse.

Entrada de caminhões com ajuda humanitária é “totalmente insuficiente”

Barrot também classificou como “totalmente insuficiente” a decisão de Israel de permitir a entrada de alguns caminhões com ajuda humanitária na segunda-feira. “Tudo isso precisa parar. (…) Não podemos nos contentar, não podemos desviar os olhos do sofrimento dos palestinos em Gaza. A ajuda humanitária deve ser imediata, massiva e sem qualquer obstrução”, pediu o ministro.

O partido de esquerda da França Insubmissa (LFI) anunciou ainda, nesta terça-feira, a apresentação de uma proposta de resolução europeia para denunciar o acordo de associação entre a UE e Israel.

Defesa Civil da Faixa de Gaza informou que 44 pessoas morreram em novos bombardeios no território palestino
RS/Fotos Públicas

Ofensiva israelense “ameaça chance de paz”, alerta Catar

Nesta terça-feira, a Defesa Civil da Faixa de Gaza informou que 44 pessoas morreram em novos bombardeios no território palestino, onde o Exército israelense intensifica sua ofensiva militar.

O Catar, que atua como mediador entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, afirmou que essa escalada compromete “qualquer chance de paz” em um território já mergulhado em catástrofe humanitária.

Netanyahu acusa líderes ocidentais de “recompensar” Hamas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu rapidamente à condenação da ofensiva militar de Israel em Gaza feita pelos líderes do Reino Unido, Canadá e França, acusando-os de oferecer uma “recompensa imensa” ao Hamas.

“Ao pedirem que Israel encerre uma guerra defensiva pela nossa sobrevivência antes que os terroristas do Hamas na nossa fronteira sejam eliminados, e ao exigirem a criação de um Estado palestino, os líderes de Londres, Ottawa e Paris estão oferecendo uma imensa recompensa pelo ataque genocida de 7 de outubro contra Israel, além de incentivarem novas atrocidades desse tipo”, declarou Netanyahu em comunicado, referindo-se ao ataque do Hamas que desencadeou a guerra em Gaza.

“Israel apoia a visão do presidente Trump e conclama todos os líderes europeus a fazerem o mesmo. A guerra pode acabar amanhã se os últimos reféns forem libertados e o Hamas dep as armas. Nenhuma nação pode aceitar menos do que isso — e Israel certamente não aceitará”, conclui a nota.

França, Canadá e Reino Unido, em uma declaração conjunta rara e incisiva feita na segunda-feira, exigiram que Israel permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza e criticaram a nova ofensiva terrestre israelense, ameaçando com “ações concretas”, apesar do afrouxamento parcial do bloqueio à entrada de ajuda no enclave palestino.