Reino Unido avalia sancionar Israel após pressão de atos pró-Palestina
Manifestantes cercaram Parlamento pedindo que governo Starmer rompa relações; premiê condenou escalada israelense em Gaza
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou nesta quarta-feira (04/06) que avalia impor sanções contra Israel em decorrência do genocídio em curso na Faixa de Gaza. No mês ado, o governo britânico já suspendeu negociações de livre comércio com o regime sionista por conta do bloqueio da entrada de ajuda humanitária no enclave.
Ao ser questionado sobre o assunto pela deputada aliada Claire Hanna durante uma audiência no Parlamento, o premiê trabalhista classificou a nova escalada israelense como uma “mancha para a humanidade”.
“Continuaremos buscando novas ações junto com nossos aliados, incluindo sanções, mas deixe-me ser absolutamente claro: precisamos voltar para um cessar-fogo e que os reféns sejam libertados”, declarou Starmer.
O premiê ainda definiu as recentes ações do regime sionista em Gaza como “assustadoras, contraproducentes e intoleráveis”, reiterando que o Reino Unido se opõe “à expansão das operações militares, à violência dos colonos [na Cisjordânia] e ao bloqueio de ajuda humanitária”.
Na área externa do Parlamento, em Londres, ativistas pró-Palestina se reuniram para condenar as ações de Tel Aviv e pressionar o governo britânico por um embargo total de armas, além de sanções a Israel.
A marcha, organizada pela Campanha de Solidariedade à Palestina (PSC, na sigla em inglês), ocorreu durante a exposição de Starmer. Segundo a emissora catari Al Jazeera, milhares de manifestantes vestiam vermelho enquanto cercavam o prédio. Além disso, formavam um cordão vermelho, retratando uma “linha vermelha” para expressar que o governo do Reino Unido deve ter suas próprias linhas vermelhas quando se trata de Gaza.

X/Nadia Whittome MP
Israel tem enfrentado uma crescente pressão internacional para cessar sua hostilidade em Gaza, onde mais de 54 mil pessoas já morreram desde outubro de 2023. Segundo a Organização das Nações Unidas, atualmente 100% da população local corre risco de fome.
Já nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu foi acusado de ass civis reunidos perto da chamada Fundação Humanitária de Gaza, um centro de distribuição apoiado por Israel e pelos Estados Unidos, que supostamente serviria para entrega de suprimentos básicos aos palestinos.
A entidade é acusada por agências humanitárias de ser uma fachada a serviço do regime sionista, em seu genocídio no enclave. Os recentes ataques israelenses, que mataram 50 palestinos nos últimos três dias nos centros de ajuda coordenados pela Fundação, corroboram as denúncias.
(*) Com Ansa
