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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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A segunda rodada de negociações entre a Rússia e a Ucrânia aconteceu nesta segunda-feira (02/06), em Istambul, capital da Turquia. Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, as delegações discutiram seus projetos de cessar-fogo, trocas de prisioneiros de guerra e civis, mas os resultados não foram apresentados.

“Essas negociações determinam em grande parte o nosso destino regional e global. Os olhos do mundo inteiro estão sobre as negociações e discussões deles”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, sobre a reunião, iniciada às 13h locais (7h no horário de Brasília).

O chanceler acrescentou que as partes poderiam discutir uma potencial reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

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O governo turco reforçou medidas de segurança em terra e na água no Palácio Ciragan, em Istambul, onde as conversas entre a Rússia e a Ucrânia estão ocorrendo.

Patrulhas policiais foram intensificadas na rua ao lado de Ciragan. Além disso, três barcos da polícia e dois barcos da guarda costeira estão constantemente presentes na área do Estreito de Bósforo perto do palácio.

Antes do encontro com a delegação russa, Kiev realizou uma reunião com representantes da Alemanha, Itália e Reino Unido, seus maiores apoiadores europeus, coordenando as posições.

Por sua vez, a Comissão Europeia declarou que apoia os esforços diplomáticos para alcançar a paz na Ucrânia.

A agência Tass ainda detalhou que os membros das delegações russa e ucraniana não apertaram as mãos antes do início da segunda rodada de negociações.

A delegação russa foi novamente liderada pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky. A delegação inclui o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, o chefe da Diretoria Principal de Inteligência do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, Igor Kostyukov, e o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin. A delegação ucraniana é liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov.

Turquia afirmou que delegações podem discutir potencial reunião entre presidente da Rússia, Vladimir Putin, e mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Hakan Fidan/X

Primeira rodada

As negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia foram retomadas em 16 de maio, por iniciativa do presidente russo, Vladimir Putin, após um hiato de mais de três anos, quando o processo de negociação foi interrompido devido à pressão exercida pelo Ocidente sobre Kiev.

A primeira reunião, também realizada em Istambul, durou cerca de duas horas. Além de expressarem a intenção de continuar trabalhando em prol de um cessar-fogo, as partes concordaram em trocar prisioneiros com base na fórmula “1.000 por 1.000”, acordo que foi cumprido em três etapas de 23 a 25 de maio.

Após a primeira rodada, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, observou que o lado russo estava satisfeito com os resultados e preparado para continuar os contatos. Medinsky enfatizou que os negociadores russos estavam “prontos para começar a discutir os detalhes do acordo global sobre o futuro cessar-fogo imediatamente”.

Negociações após escalada

As negociações entre a Rússia e a Ucrânia ocorreram após Kiev intensificar sua ofensiva contra Moscou com uma série de ataques com drones contra aeródromos militares russos nas regiões de Murmansk, Irkutsk, Ivanovo, Ryazan e Amur, segundo informou o Ministério da Defesa russo.

A Defesa russa afirmou em comunicado, nesta segunda-feira (02/06), ter abatido mísseis de longo alcance e de produção britânica Storm Shadow fornecidos a Kiev, além de 316 drones ucranianos, que faziam avanços em diferentes direções estratégicas da chamada zona da operação militar especial.

Também ocorreram dois incidentes ferroviários nas regiões de Kursk e Bryansk, ocorridos entre a noite do último sábado (31/05) e a madrugada do domingo (01/06), que deixaram sete mortos e 104 feridos.

Segundo o embaixador do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para os Crimes de Guerra de Kiev, Rodion Miroshnik, os descarrilamentos de trens após as explosões de pontes “levantavam sérias preocupações” sobre as negociações em Istambul.

A autoridade russa ainda denunciou que o lado ucraniano enviou todos os esforços para inviabilizar as negociações de paz e “impedir a busca por uma saída diplomática para o conflito”.

(*) Com Sputnik e Tass