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Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira (05/11) que demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por uma “crise de confiança” e nomeou o atual ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, para o cargo. A notícia foi dada em meio ao cenário em que o país se encontra em várias frentes de guerra no Oriente Médio.

O premiê reiterou que quis evitar a exoneração. No entanto, indicou a presença de uma série de desentendimentos e de “muitas lacunas” entre ele e seu ministro no que diz respeito à conduta dos conflitos na região.

“Lacunas significativas foram descobertas entre Gallant e eu na condução da guerra, e essas lacunas foram acompanhadas por declarações e ações que contradiziam as decisões do governo e as decisões do Gabinete”, explicou Netanyahu.

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“No meio de uma guerra, mais do que nunca, é necessária total confiança entre o primeiro-ministro e o ministro da Defesa. Infelizmente, embora nos primeiros meses da campanha houvesse tanta confiança e um trabalho muito frutífero, nos últimos meses essa confiança se rompeu entre mim e o ministro da Defesa”, acrescentou.

O atual chanceler do país foi nomeado para substituir Gallant no cargo. E agora, o ex-ministro do Interior, Gideon Sa’ar, deve assumir como o novo ministro das Relações Exteriores.

 “Israel Katz já demonstrou suas habilidades e contribuição para a segurança nacional como ministro das Relações Exteriores, ministro das Finanças, ministro da Inteligência por cinco anos e, não menos importante, como membro do gabinete de segurança por muitos anos”, pontuou.

Reprodução/Likud
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exonerou seu ministro da Defesa. Yoav Gallant, em meio a “crise de confiança” intensificada por divergências na condução de guerras no Oriente Médio
Reação de Yoav Gallant

O agora ex-ministro da Defesa isarelense, Yoav Gallant, usou suas redes sociais para se pronunciar sobre a decisão de Netanyahu, afirmando que “a segurança do Estado de Israel sempre foi, e sempre será, a missão da minha vida”.

As relações entre ambas as autoridades vinham estremecendo nos últimos meses. Uma tentativa anterior de demitir Gallant ocorreu em março de 2023, quando Netanyahu mencionou perda de confiança após o ministro criticar sua reforma judicial.

Protestos contra decisão de Netanyahu

O anúncio de Netanyahu desencadeou uma série de protestos por Tel Aviv. Milhares de israelenses se reuniram na cidade apresentando queixa pela demissão do ministro da Defesa. De acordo com o jornal The Times of Israel, os manifestantes bloquearam a rodovia Ayalon, a principal artéria de tráfego do centro do país.

“Os manifestantes pararam o tráfego em ambas as direções, acenderam inúmeras fogueiras e ergueram bloqueios improvisados com o que parecem ser placas de trânsito arrancadas e materiais de construção abandonados”, detalhou o veículo, destacando que o “número de manifestantes ultraa facilmente 2 mil”.

Os protestos também eclodiram em Jerusalém, onde a polícia chegou a ser acionada para confrontar os manifestantes.

O Fórum Empresarial de Israel, que representa a maioria dos trabalhadores do setor privado no país, apontou que demitir Gallant e nomear um ministro sem qualquer experiência em segurança no meio de uma guerra é uma “jogada perigosa”.

“Este é um grande golpe para o público e uma recompensa para nossos inimigos”, advertiu o fórum. “Um primeiro-ministro que prefere a sobrevivência política e os interesses pessoais à segurança do país não merece permanecer no cargo.”

Já o presidente Isaac Herzog, sem citar nenhum nome, afirmou em rede social que “a última coisa de que Israel precisa agora é de uma revolta e uma ruptura no meio da guerra”, destacando que a “segurança de Israel deve estar acima de todas as considerações”.

(*) Com RT en Español