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Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Toda a população do norte de Gaza, sob cerco de Israel há 22 dias, corre o risco de morrer devido à rápida piora das condições e à intensa ofensiva, alertou a subsecretária-geral interina para assuntos humanitários e coordenadora de socorro emergencial da ONU, Joyce Msuya, neste sábado (26/10).

“O que as forças israelenses estão fazendo no norte sitiado de Gaza não pode continuar. Os hospitais foram atingidos e os profissionais de saúde foram foram detidos. Os abrigos foram esvaziados e incendiados. Os socorristas foram impedidos de resgatar pessoas que estavam sob os escombros. As famílias foram separadas e homens e meninos estão sendo levados em caminhões. Centenas de palestinos foram supostamente mortos. Dezenas de milhares foram forçados a fugir mais uma vez”, denunciou a autoridade das Nações Unidas, por meio de um comunicado veiculado nas redes sociais.

Msuya instou que “esse flagrante desrespeito pela humanidade básica e pelas e pelas leis da guerra deve acabar”.

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Em concordância com o relato da agente da ONU, a emissora Al Jazeera relatou ataques das Forças de Defesa Israelenses (FDI, como é chamado o exército do país) contra o hospital Kamal Adwan e seus arredores, no norte do enclave.

Segundo registros do canal catari, o exército israelense queimou casas e prédios ao redor do centro médico, além de destruir o muro do hospital e o edifício de atendimento em si.

Além de atacar a infraestrutura da região, as forças israelenses abriram fogo dentro do hospital, e prenderam todos os profissionais homens, além de feridos e doentes, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino.

“Esta é a 14ª vez que o hospital fica sob fogo israelense. Nossos médicos estão agora detidos em Israel, suas famílias foram mortas”, disse o porta-voz do hospital Hisham Sakani à Al Jazeera.

UNRWA/X
Norte de Gaza está sob cerco israelense há 22 dias

Os profissionais do hospital que não foram detidos pelos militares de Tel Aviv relatam a “situação catastrófica” após “os feridos serem deixados no chão sem nenhuma atenção médica”.

Já Marwan al-Hams, diretor dos hospitais de campanha do Ministério da Saúde de Gaza, relatou que “o destino dos médicos sequestrados” por Israel é desconhecido.

“As forças israelenses destruíram os remédios no hospital para nos impedir de salvar os feridos. O cheiro da morte se espalhou pelo hospital. Precisamos da intervenção da OMS para evacuar os feridos”, declarou à emissora.

Por sua vez, a Defesa Civil de Gaza informou a impossibilidade de atender chamadas de emergência em meio à ofensiva israelense no norte do enclave. Segundo os socorristas, foi inviável atender um chamado de moradores do campo de refugiados de Jabalia que tiveram suas casas incendiadas pelos bombardeios de Tel Aviv.

“As operações da Defesa Civil foram completamente interrompidas devido aos ataques e agressões israelenses em andamento no norte de Gaza”, informou.

De acordo com informações da agência palestina de notícias Wafa, o exército de Israel – com o argumento de combater o Hamas – também manteve ataques contra a Cisjordânia, mirando residências de civis na cidade ocupada de Tulkarem, além de cercar uma casa no bairro de as-Salam, perto do campo de refugiados de Nur Shams.

Assim, as FDI dizem ter matado o comandante do grupo palestino Islam Jameel Odeh, de 29 anos, durante a ofensiva em Tulkarem. Segundo as forças israelenses o suposto líder da resistência palestino teria sido morto durante uma “operação antiterrorista baseada em inteligência”.

Com os novos ataques, o Ministério da Saúde do enclave palestino informou que o número de mortos pela guerra de Israel na Faixa de Gaza chegou a pelo menos 42.924 e 100.833 os feridos.