window.advanced_ads_ready=function(e,a){a=a||"complete";var d=function(e){return"interactive"===a?"loading"!==e:"complete"===e};d(document.readyState)?e():document.addEventListener("readystatechange",(function(a){d(a.target.readyState)&&e()}),{once:"interactive"===a})},window.advanced_ads_ready_queue=window.advanced_ads_ready_queue||[];
Segunda-feira, 9 de junho de 2025
APOIE
Menu

O governo do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (12/03), que irá enfrentar as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio e “defender os legítimos interesses nacionais” brasileiros.

“Em reuniões já previstas para as próximas semanas, o governo do Brasil avaliará todas as possibilidades de ação no campo do comércio exterior, com vistas a contrarrestar os efeitos nocivos das medidas norte-americanas”, declarou uma nota conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio sobre as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

O comunicado afirma que o governo brasileiro buscará, em coordenação com o setor privado, “defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O governo não descartou a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), sugestão que já foi mencionada pelo presidente Lula: “se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse o presidente em fevereiro ado

A sugestão do presidente sobre uma denúncia contra os EUA na OMC é baseada em um caso similar que ocorreu em 2002. Na época, Lula durante seu primeiro governo, denunciou o governo norte-americano devido a subsídios que concederam aos seus produtores de algodão.

Ricardo Stuckert / PR
Governo não descartoa possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), sugestão que já foi mencionada pelo presidente Lula

Sete anos depois, em 2009, a OMC autorizou o Brasil a aplicar sanções contra os EUA: uma lista mencionando mais de 200 itens norte-americanos, entre eles produtos alimentícios, farmacêuticos e têxteis, foi preparada para a taxação. O caso só foi resolvido em 2014, quando Brasília e Washington am um acordo.

No informe desta quarta-feira, o governo brasileiro ainda analisou que a medida da Casa Branca foi “injustificável” e lamentou a decisão que impôs novas taxas sobre importações de aço e de alumínio dos EUA provenientes de todos os países.

“Tais medidas terão impacto significativo sobre as exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA, que, em 2024, foram da ordem de US$ 3,2 bilhões”, acrescenta o comunicado.

“Em defesa das empresas e dos trabalhadores brasileiros e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio, o governo brasileiro considera injustificável e equivocada a imposição de barreiras unilaterais que afetam o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, principalmente pelo histórico de cooperação e integração econômica entre os dois países”, informou o Brasil.

O documento foi divulgado pelo governo brasileiro no mesmo dia que o tarifaço de 25% sobre aço e alumínio entrou em vigor nos Estados Unidos, cerca de um mês depois de Trump ter assinado o decreto da ação.

(*) Com Ansa