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Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Em meio a crise política, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, solicitou a renúncia de todo o seu gabinete ministerial para que seu governo alcance “maior conformidade com o programa ordenado pelo povo”, segundo informou nas redes sociais no último domingo (09/02).

“Solicitei a renúncia formal de ministros e diretores de departamentos istrativos”, informou o mandatário ao solicitar as mudanças em seu gabinete.

Petro ainda justificou a manobra ao afirmar que sua istração “se concentrará inteiramente na implementação do programa” popular.

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Minutos depois do presidente colombiano solicitar a renúncia de seu gabinete ministerial, a ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez, apresentou sua “renúncia irrevogável” ao cargo e agradeceu ao presidente por tê-la permitido trabalhar em uma “agenda política a favor de milhões de trabalhadores, na necessidade de cumprir o mandato popular do ‘Governo da Mudança’”.

Ele destacou em carta que, nos dois anos em que ocupou o cargo, “os salários reais aumentaram 13,62%” e que conseguiu entregar aos cidadãos “um sistema de pilares que proporcionará proteção social e protegerá 2,6 milhões de idosos que sairão da pobreza extrema e monetária como um cenário real de equidade”.

Em cumprimento à solicitação de Petro, a ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia, que estava no cargo há menos de duas semanas, desde 29 de janeiro, também renunciou.

“Já expressei repetidamente que não há maior privilégio ou honra do que servir o povo colombiano”, declarou.

A ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, também renunciou ao cargo no domingo, embora tenha dito que permaneceria como presidente da COP16 das Nações Unidas sobre biodiversidade, que ocorreu em novembro ado, mas deve ter suas negociações anunciadas entre 25 e 28 de fevereiro e implementadas a partir de março.

Em uma carta publicada por Muhamad nesta segunda-feira (10/02), a ex-ministra afirma deixar “um caminho de transformações ambientais em andamento que podem se tornar o legado do governo [de Petro]”.

Já nesta segunda-feira (10/02), o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, apresentou sua carta de renúncia e agradeceu a Petro pela oportunidade de fazer parte “de um governo com espírito liberal e reformista”.

No documento, Cristo relembrou as prioridades acordadas pela istração quando assumiu o cargo, em 2024, falando sobre avanços na pasta e apelando que no “tempo restante” do governo Petro, que deve ir até 2026, a istração deve se esforçar para cumprir os acordos.

“Os recursos financeiros e de tempo são finitos e é impossível fazer tudo ao mesmo tempo. Mas isso não significa que, com maiores esforços de coordenação, não seja possível deixar um legado importante para o país”, instou.

Gustavo Petro, presidente da Colômbia
Fotografía oficial de la Presidencia de Colombia/Flickr
Petro justificou reforma ministerial ao afirmar que sua istração “se concentrará inteiramente na implementação do programa” popular

Compromissos não alcançados

Quatro autoridades colombianas já haviam apresentado suas renúncias na última quarta-feira (05/02): o Ministro da Cultura, Juan David Correa; o diretor do Departamento istrativo da Presidência da República (Dapre), Jorge Rojas; o diretor da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), Carlos Carrillo; e a secretária jurídica do Palácio de Nariño, Paula Robledo.

As demissões foram apresentadas na esteira de uma reunião do presidente Gustavo Petro e seu gabinete, transmitida ao vivo. Na ocasião, Petro expressou sua insatisfação com o progresso alcançado pelo seu governo nos compromissos assumidos com as comunidades colombianas.

Segundo estimativas apresentadas pelo presidente, dos 195 acordos estabelecidos em reuniões com os cidadãos, 75% ainda não foram finalizados.

Petro explicou na sessão que o Ministério da Educação é um dos órgãos com maiores lacunas, com 18 dos 19 compromissos ainda pendentes, o que equivale a 95% de descumprimento.

O Ministério de Minas e Energia também tem 84% de compromissos não cumpridos, incluindo aqueles relacionados à transição para energia limpa. Por outro lado, o Ministério da Defesa acumulou 65% de compromissos não cumpridos.

“É o povo que comanda, nós somos servos do povo. “Portanto, são 195 compromissos assumidos, estabelecidos com o povo, dos quais 146 não foram cumpridos até agora”, reiterou Petro na Casa de Nariño, residência da Presidência colombiana

Na ocasião, Petro lamentou: “o presidente [da Colômbia] é um revolucionário, o Governo não é”.

Até o momento não há informações sobre possíveis nomes para ocupar os ministérios da Colômbia.

(*) Com RT en español e TeleSUR