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Domingo, 15 de junho de 2025
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Na Colômbia, a coalizão do Pacto Histórico convocou para esta sexta-feira (11/10) mobilizações em defesa da democracia e do presidente Gustavo Petro, alvo de uma investigação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país por supostas irregularidades durante a campanha eleitoral.

Com início às 10h30 (12h30 no horário de Brasília), na Praça Bolívar, em Bogotá, as forças progressistas convocaram a marcha com o lema “Petro não está sozinho”, “para defender a democracia, a Constituição e proteger as instituições”, segundo a senadora do Pacto Histórico María José Pizarro.

Em declarações aos meios de comunicação locais, a legisladora apelou aos colombianos que protejam “o mandato popular que entregamos juntamente com milhões de colombianos ao presidente Gustavo Petro”.

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“Vamos dizer aos corruptos, aos que querem desrespeitar a democracia colombiana, que não arão”, enfatizou Pizarro.

O Ministério da Cultura colombiano, chefiado por Juan David Correa, fez o primeiro apelo às manifestações: “música, arte, palavras, corpos em movimento. Juntos celebramos e defendemos a democracia “, declarou nas redes sociais, ao divulgar um convite para os protestos.

A marcha em apoio a Petro ocorre juntamente com um ato de reconhecimento do governo colombiano sobre a violência sistemática que gerou desaparecimentos forçados, assassinatos, massacres, execuções extrajudiciais, ameaças, atentados, judicializações indevidas, torturas e deslocamentos forçados contra o partido político União Patriótica entre os anos 1980 e 2000, segundo a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Pacto Histórico Oficial/X
Marcha teve início às 10h30 (12h30 no horário de Brasília), na Praça Bolívar, em Bogotá

O ato ou as manifestações contra a investigação do CNE não contaram com a presença de Petro, que teve a agenda do dia suspensa após recomendação médica devido “a uma forte gripe e doença respiratória”.

“Hoje estou ao lado de todas as vítimas e, como chefe de Estado, quero pedir desculpa pelas atrocidades cometidas contra a União Patriótica”, afirmou por meio das redes sociais.

Processo contra Petro

O processo contra Petro se dá em torno da campanha eleitoral do mandatário. A Justiça apura a atuação da Sociedade Aérea de Ibagué (Sadi), que teria recebido 4 bilhões de pesos (R$ 5,3 milhões), da União Sindical Obrera (USO), por 600 milhões de pesos (R$ 800 mil), e mais 500 milhões (R$ 660 mil) da Federação Colombiana de Educadores (Fecode).

O pedido de investigação foi feito pelo juiz do CNE Álvaro Hernán Prada, que é do partido Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe. O magistrado é acusado de ser cúmplice de suborno em processos penais juntamente com Uribe. Os dois estão sendo investigados de maneira conjunta. Além dele, outros seis juízes votaram a favor da abertura da investigação. Apenas dois foram contra o processo.

Além de Petro, foram citados pela Justiça o gerente de campanha e atual presidente da Ecopetrol, Ricardo Roa; a tesoureira, Lucy Aydée Mogollón; os auditores María Lucy Soto e Juan Carlos Lemus; e os partidos Colômbia Humana e Unión Patriótica (UP).

Petro já havia se defendido das acusações e afirmou que despesas feitas após a eleição foram incluídas na investigação como sendo parte da campanha. “Você pode observar que as doações a partidos se tornaram irregulares mesmo quando são permitidas por lei e que supostas despesas após o término da campanha eleitoral são apresentadas como se estivessem dentro da campanha”, disse o mandatário colombiano.

Após o CNE acusar Petro por supostas violações dos limites financeiros de sua campanha presidencial em 2022, o governo colombiano denunciou uma tentativa de “golpe de Estado” no país e uma “perseguição” sofrida por Petro.

Imediatamente, recebeu o apoio de vários governos da região, como México, Cuba, Venezuela, Bolívia e Brasil.

(*) Com Brasil de Fato e TeleSUR