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Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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A Suprema Corte de Justiça da Argentina decidiu nesta terça-feira (10/06) decretar a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), em função do chamado “Caso Vialidade”, no qual ela foi acusada de encabeçar um suposto esquema de corrupção e istração fraudulenta durante o seu mandato.

A determinação da máxima instância do Poder Judiciário argentino retificou uma senteça emitida em dezembro de 2022, pela 2ª Vara Federal de Buenos Aires, que condenou Cristina a uma pena de seis anos de prisão, além da impossibilidade de concorrer a cargos públicos.

Discurso na sede peronista

Na noite desta segunda-feira (09/06), a líder peronista convocou a militância do Partido Justicialista e de outros movimentos ligados à coalizão de centro-esquerda União Pela Pátria para denunciar o que disse ser uma “operação de lawfare” contra ela, para desviar a atenção sobre a crise econômica que o país vive em função das políticas econômicas do governo de extrema direita de Javier Milei.

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Em um pequeno palanque montado na frente da sede do Partido Justicialista, Kirchner disse que “o modelo econômico do governo de Milei vai fracassar, e ele não vai conseguir pagar os juros da dívida nem melhorar os salários me prendendo”.

“Melhor ele (Milei) começar a pensar em outra saída, porque eu vou ficar presa, mas a vida do povo vai piorar a cada dia”, acrescentou a ex-presidente.

Em outro momento do discurso, Cristina afirmou que a direita argentina “sonha com colocar a minha cabeça em uma estaca e exibir para o povo, para que todos saibam como acabam os governos que ousam tirar a Argentina das garras do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos grandes interesses privados, ou os que ousaram recuperar as nossas estatais e o controle do Estado sobre os nossos recursos naturais”.

Cristina Kirchner reuniu a militância peronista em frente à sede do Partido Justicialista
El Destape

Militância

A líder peronista também convocou a militância do seu partido a se organizar para enfrentar politicamente a extrema direita argentina, e fez uma crítica à sua coalizão, por dar mais importância às necessidades eleitorais, tendo em vista os pleitos legislativos marcados para o segundo semestre deste ano.

“Não estamos dialogando com as bases, e enquanto isso, eu ouço vocês (líderes dos partidos) falando sobre lugares nas listas (de candidatos ao Parlamento). Parem de enrolar de uma vez por todas. Temos que ouvir o que está acontecendo (com as pessoas), porque isso (a política de Milei) vai gerar uma crise enorme e exige que nós estejamos preparados para ser uma alternativa de governo”, ressaltou Cristina.

A ex-presidente também argumentou que o peronismo precisará de “muita militância e solidariedade”, e que as organizações de base devem “estar ao lado dos que sofrem, e em favor de uma unidade que garanta a construção da vitória”.

Candidatura legislativa

Há uma semana, em uma entrevista ao canal C5N, Kirchner anunciou que será candidata nas eleições para a Assembleia Legislativa da Província de Buenos Aires, que acontecerão em setembro deste ano.

Isso significa que ela disputará as eleições provinciais, para o cargo de deputada provincial, equivalente ao de deputado estadual no Brasil.

Perguntada sobre por quê uma ex-presidente disputará um cargo legislativo regional, Cristina disse que “não se deve acreditar que a política é uma escalada sempre para cima; é preciso deixar de lado a mesquinharia e os egos, e pensar onde podemos ser mais úteis, as horas e os lugares certos”.

Com informações de Página/12 e El Destape.