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Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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Em seu mais recente ataque à Universidade de Harvard, o governo de Donald Trump ordenou nesta terça-feira (27/05) que as agências governamentais dos Estados Unidos cancelem todos os contratos federais restantes com a instituição, comprometendo um valor aproximado de US$ 100 milhões (aproximadamente R$530 milhões).

A medida vai afetar agências do governo norte-americano que têm a Universidade de Harvard como parceira e fornecedora de serviços nas áreas de saúde e segurança, por exemplo, oferecendo estudos e treinamentos.

De acordo com um funcionário do governo republicano, em condição de anonimato ao The New York Times, a mais recente medida, que deve afetar nove agências, é um “rompimento completo do relacionamento comercial de longa data do governo com Harvard”.

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“Recomendamos que sua agência rescinda, por conveniência, todos os contratos que não atendem aos seus padrões”, diz uma carta do governo dos Estados Unidos, assinada pelo funcionário da istração de Serviços Gerais, Josh Gruenbaum, ada pelo NYT.

O documento assinado por Gruenbaum instrui as agências governamentais a responderem à exigência até 6 de junho e “procurar fornecedores alternativos para serviços futuros”.

Perseguição do governo Trump contra Harvard

O embate entre o governo norte-americano e a instituição ganhou força depois que a istração do republicano enviou uma carta a Harvard, no início de abril, exigindo reformas nas políticas de issão da universidade, além de mudanças istrativas na instituição.

Em resposta, o presidente interino da faculdade, Alan Garber, afirmou que a universidade não cederia às pressões políticas, que dominavam condições políticas adicionais para “manter o relacionamento financeiro de Harvard com o governo federal”.

As exigências incluíam a eliminação dos programas de diversidade, equidade e inclusão de Harvard, a proibição de máscaras durante protestos no campus, a reforma da contratação e issão com base no mérito e a redução do poder do corpo docente e dos es “que estão mais engajados no ativismo do que na pesquisa acadêmica”.

“Nenhum governo — independentemente do partido que estiver no poder — deve ditar o que universidades privadas podem ensinar, quem podem itir ou contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, afirmou Garber.

Poucas horas após o posicionamento, o governo de Trump suspendeu o ree de bilhões de dólares em recursos, o que compromete diretamente as atividades de pesquisa científica e médica da instituição.

Governo Trump instrui as agências governamentais a responderem à exigência até 6 de junho
Joyce N. Boghosian/Fotods Públicas

Além do financiamento público, o mandatário norte-americano intensificou seu confronto com a universidade, ameaçando retirar sua isenção fiscal. A pressão faz parte de uma estratégia do republicano de usar o financiamento público como instrumento para moldar o comportamento das universidades, forçando-as a se alinhar à agenda política trumpista.

Contudo, Harvard não cedeu às ameaças e na última quinta-feira (22/05), o governo Trump, por meio do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos, proibiu a faculdade de itir estudantes estrangeiros. A medida é válida até mesmo para alunos que já estudam na instituição norte-americana. Com isso, eles precisarão ser transferidos.

No comunicado, a istração do republicano acusou Harvard de tomar uma “conduta pró-terrorismo” e itiu que a medida foi colocada em prática pela recusa a cumprir as normas exigidas pelo governo.

“Harvard teve várias chances de fazer a coisa certa, mas se recusou. Com isso, perdeu a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprir a lei”, informou a nota da secretária de Segurança Interna, Kristin Noem, acrescentando que a universidade “fomentou a violência e o antissemitismo”.

O governo Trump declarou ainda que “matricular estudantes estrangeiros é um privilégio, não um direito” e acusou a istração de Harvard de transformar “sua outrora grande instituição em um terreno fértil para agitadores antiamericanos, antissemitas e pró-terroristas”.

Após a proibição, a Universidade de Harvard entrou com uma ação judicial contra o governo Donald Trump. A petição da instituição de ensino superior mais antiga e rica do país argumenta que a decisão de excluir a escola do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio do Departamento de Segurança Interna viola a lei.

Horas depois do início do processo contra o governo Trump, a juíza distrital dos EUA Allison Burroughs decidiu que a medida do DHS seria suspensa momentaneamente, atendendo a um dos pedidos do processo aberto por Harvard. A autoridade jurídica é a mesma que analisa outra ação movida pela universidade, contra o congelamento de US$ 2,65 bilhões em fundos federais.

As ameaças do governo Trump contra as universidades norte-americanas decorrem em especial das manifestações pró-Palestina e contra a guerra na Faixa de Gaza no ano ado. A istração republicana avalia que as mobilizações foram movidas por suposto antissemitismo.

Para a Casa Branca, as medidas são um trabalho do governo Trump para “tornar o ensino superior excelente novamente, acabando com o antissemitismo desenfreado e garantindo que os fundos dos contribuintes federais não financiem o apoio de Harvard à discriminação racial perigosa ou à violência motivada por racismo”.

(*) Com Ansa, Brasil247, Prensa Latina, TeleSUR, informações de The Guardian e The New York Times