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Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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O Irã descartou nesta segunda-feira (26/05) a possibilidade de suspender o enriquecimento de urânio como parte de qualquer eventual acordo nuclear com os Estados Unidos, país com o qual mantém negociações que o presidente americano, Donald Trump, considerou “muito boas”.

As potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, e Israel, considerado pelos especialistas a única potência nuclear do Oriente Médio, suspeitam que o Irã planeja desenvolver armas atômicas. Teerã rejeita as acusações e defende seu direito ao uso da energia nuclear para fins civis.

Irã e Estados Unidos negociam desde 12 de abril, de forma indireta e com a mediação de Omã, um novo acordo sobre o programa nuclear iraniano.

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As negociações representam o nível de contato de maior escalão entre as partes desde que Washington abandonou unilateralmente, em 2018, o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, assinado três anos antes.

O emissário americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que representa seu país nas negociações, disse que os Estados Unidos “não podem autorizar nem 1% de capacidade de enriquecimento” do Irã. Teerã considera a proibição de enriquecer urânio como uma “linha vermelha” nas negociações.

Os dois países participaram na sexta-feira (23/05), em Roma, da quinta rodada de conversações sobre o programa nuclear iraniano, com a mediação de Omã, e terminaram o encontro sem avanços consideráveis, mas se mostraram dispostos a programar novas negociações.

Ainda não foi definida uma data, informou nesta segunda-feira a diplomacia iraniana, que descartou a suspensão do enriquecimento de urânio para alcançar um acordo com Washington.

“Esta informação é produto da imaginação e é totalmente falsa”, declarou o porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai, ao ser questionado durante uma entrevista coletiva sobre a possibilidade.

Porta-voz da diplomacia iraniana disse que país descartou oferta apresentada pelo governo de Donald Trump
Marzieh Soleimani / IRNA

‘Avanços importantes’

Atualmente, o Irã enriquece urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo de 2015, mas abaixo dos 90% necessários para produzir armas nucleares.

O acordo, que ficou praticamente obsoleto com a saída dos Estados Unidos, pretendia impedir que o Irã desenvolvesse seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais.

O presidente americano, Donald Trump, que pressiona Teerã a alcançar um acordo, ameaça bombardear o Irã em caso de fracasso da diplomacia.

As negociações com o Irã foram “muito, muito boas”, declarou Trump à imprensa no domingo em Nova Jersey, antes de embarcar no Air Force One para retornar a Washington.

“Não sei se vou anunciar algo bom ou ruim nos próximos dias, mas tenho o pressentimento de que será algo bom. Tivemos alguns avanços reais, avanços importantes”, acrescentou.

O porta-voz da diplomacia iraniana anunciou nesta segunda-feira que um funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a autoridade nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), visitará o país nos próximos dias.

O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, viajará nesta semana a Omã, que atua como mediador entre Irã e Estados Unidos. “É natural que as negociações entre Irã e Estados Unidos sejam discutidas durante a visita”, destacou o porta-voz, Esmail Baghai.