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Sábado, 14 de junho de 2025
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Empresários iranianos da comitiva do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, participaram hoje (24) de um seminário na CNI (Confederação Nacional da Indústria) para apresentar e debater as oportunidades de negócios e os meios para aumentar a integração econômica entre o país e o Brasil. Com 3 trilhões de dólares em investimentos esperados nos próximos 20 anos, o Irã se apresenta com diversas oportunidades de negócios, especialmente nos setores de energia, alimentos e transporte ferroviário.

O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, anunciou que uma das iniciativas práticas da aproximação bilateral será a inauguração de uma rota aérea ligando diretamente São Paulo a Teerã. A previsão é de que o voo esteja operando no máximo até março de 2010. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante o encontro no Ministério das Relações Exteriores, que pretende levar uma delegação de empresários brasileiros na visita que fará ao Irã, em abril ou maio do ano que vem.

De acordo com Shaterzadeh, do montante de investimentos previstos, um terço (1 trilhão de dólares) deve ficar no setor de petróleo e gás. O restante deve ser distribuído em diversos setores da indústria, como transporte e etanol. Embora os iranianos esperem aportes privados, é certo que boa parte desse dinheiro será de origem pública, já que 78% das empresas do país são estatais.

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Elza Fiúza/ABr

Representante da indústria mineira discursa para empresários iranianos na CNI

Para o gerente executivo da unidade de comércio exterior da CNI, José Frederico Álvares, esses investimentos do Irã e o planejamento do Brasil para a exploração da camada pré-sal podem abrir oportunidades para cooperação e negócios na área petrolífera. Apesar de haver resistência da indústria brasileira a acordos com países do Oriente Médio nessa área, ele acredita que há oportunidades a serem exploradas que tragam ganhos para a indústria brasileira.

Álvares destacou também, como oportunidade para as empresas brasileiras, os investimentos que o Irã pretende fazer no setor ferroviário – segundo o embaixador, serão 24 bilhões de dólares nos próximos 4 anos, com a construção de 4 mil quilômetros de trilhos e a compra de cerca de 90 mil vagões. Além desses, o executivo da CNI citou as indústrias de alimentos e de biocombustíveis entre as mais promissoras para ampliar os negócios com os iranianos.

Apesar da queda de 38,3% registrada de 2007 para 2008, as exportações brasileiras para o Irã vêm crescendo com força. Os embarques aram de 292,8 milhões de dólares em 2000 para 1,13 bilhão de dólares em 2008, uma alta de 287% no período. Quase 30% das vendas foram de carnes bovina e de frango, e outros 30,5% de açúcar, gorduras e óleos animais e vegetais (principalmente de soja). A balança comercial é bastante favorável ao Brasil, já que no ano ado as importações provenientes do Irã foram de 14,8 milhões de dólares, sendo mais da metade de enxofre e produtos químicos inorgânicos.

Aproximação

Representantes do setor empresarial dos dois lados destacaram que o encontro foi um primeiro o importante para que os empresários se conheçam melhor e possam ampliar os negócios. “Nesses dois dias, tivemos certeza de que existem muitas oportunidades de negócios que podem e devem ser exploradas”, disse Álvares.

Ontem, no Itamaraty de Brasília, a CNI e a Câmara de Comércio, Indústria e Mineração do Irã am um acordo de cooperação e intercâmbio de informações.

O diretor geral de relações comerciais bilaterais da câmara iraniana, Hassan Najafi Larijani, também destacou as inúmeras possibilidades de comércio e investimento e lembrou que a falta de informação de ambos os lados é um dos entraves para esse avanço. “Estamos atrasados nesse processo de integração. Espero que, a partir desta visita, possamos alavancar um trabalho conjunto”, comentou.

Iranianos tentam atrair investimentos brasileiros em transporte e energia

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