Novo presidente da Coreia do Sul suspende propagandas anti-Pyongyang: ‘restaurar relações’
Medida do progressista Lee Jae Myung vai na contramão da gestão anterior, que aumentou tensões ao ordenar transmissão de alto-falantes e panfletos críticos ao governo norte-coreano
O governo da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (11/06) a suspensão completa de suas transmissões de propaganda anti-Coreia do Norte, em alto-falantes e panfletos, em um movimento liderado pela nova gestão presidencial do progressista Lee Jae Myung, do Partido Democrático da Coreia (DPK, na sigla em inglês), para aproximação com Pyongyang.
De acordo com o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, a medida foi tomada como parte do “esforços para cumprir a promessa com o povo de restaurar a confiança nas relações intercoreanas e alcançar a paz na Península Coreana”.
Em junho ado, os militares sul-coreanos foram ordenados a retomar, depois de seis anos, a transmissão de materiais propagandistas críticos ao governo norte-coreano na fronteira, no âmbito da gestão de extrema direita do ex-mandatário Yoon Suk Yeol. Na ocasião, a gestão conservadora alegou que se tratava de uma retaliação ao lançamento de balões de lixo por parte do país de Kim Jong Un.
Vale lembrar que o político, deposto do cargo em abril após decretar a lei marcial e desestabilizar a nação, assumiu políticas hostis e proferiu discursos provocativos ao longo de seu mandato, aprofundando a crise entre as Coreias, que atualmente vivem sob acordo de armistício.

Gabinete Público do Estado-Maior Conjunto
Entre os materiais enviados pelo Sul, incluíam-se panfletos que criticavam a política norte-coreana, notas no valor de um dólar, até pen drives contendo músicas do gênero K-pop e episódios de K-dramas.
Segundo o porta-voz do Ministério da Unificação, Koo Byung San, “tais ações ameaçam aumentar as tensões na Península Coreana e colocar em risco a vida e a segurança dos residentes nas áreas de fronteira.”
A nova decisão tomada pelo governo de Lee Jae Myung vão em conformidade com a política prometida durante a sua campanha eleitoral e é tida como um o inicial no esforço do governo para melhorar os laços com o Norte.
