Trump nega oferta de paz e diz que Musk tem um grande problema

Donald Trump retrucou Elon Musk na manhã desta sexta-feira (06/06) em uma série de entrevistas, após o magnata da tecnologia, em declarações dadas no dia anterior, acusar o Presidente nas redes sociais de ter sido nomeado nos “Arquivos Epstein”, documentos sobre os crimes sexuais cometidos pelo empresário Jeffrey Epstein, criminoso sexual infantil.

O chefe da Casa Branca demonstrou seu descontentamento durante a entrevista por telefone à ABC News. Questionado sobre uma possível conversa pacificadora com Musk no futuro, Trump respondeu: “você se refere ao homem que perdeu o juízo?”, e ​​acrescentou que “não estava particularmente interessado” em dialogar com seu antigo aliado neste momento.

Para a CNN, o presidente também respondeu que “não está nem pensando sobre Elon” e reiterou que “ele tem um grande problema”.

O bilionário sul-africano questionou, nesta quinta-feira (05/06), através do seu perfil na rede social do X – da qual é dono –, se está na hora de criar um novo partido político que “representasse 80% do centro”. Em sua réplica, Trump ameaçou cancelar os contratos de Musk com o governo norte-americano. 

Steve Bannon, aliado do Presidente, entrou na discussão dizendo que Elon “deveria ser deportado do país imediatamente”, uma vez que ele é um cidadão nascido na África do Sul – reforçando as políticas contra imigrantes do atual governo norte-americano.

Briga entre Trump e Musk

O magnata dono da Tesla era responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), pasta criada para enxugar os gastos da gestão federal, mas anunciou, no final do mês de maio de 2025, sua saída do cargo governamental.

Poucos dias antes da sua renúncia, Musk criticou o projeto fiscal do chefe da Casa Branca: “o enorme projeto de gastos que aumenta o déficit orçamentário, ao invés de diminuí-lo, o que prejudica o trabalho que a equipe do Doge está fazendo”.

Após trocas de insultos entre os dois bilionários nesta semana, o bilionário criticou outra vez o comando do republicando de “abominação repugnante” e também afirmou que “sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em 51-49 (com respeito ao número de vagas de cada partido) no Senado”.

(*) Com The Guardian