Lula lamenta morte de Sebastião Salgado: ‘dos maiores fotógrafos que o mundo já produziu’
‘Seu inconformismo com a desigualdade serviu como alerta para consciência de toda a humanidade’, declarou presidente
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, homenageou o fotógrafo Sebastião Salgado, falecido na manhã desta sexta-feira (23/05), a quem descreveu como “um dos maiores fotógrafos que o mundo já produziu”.
“Me sinto profundamente triste com o falecimento de Sebastião Salgado. Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade”, escreveu o líder brasileiro por meio das redes sociais.
De acordo com o presidente brasileiro, é justamente por isso que a obra do fotógrafo “continuará sendo um clamor pela solidariedade” e “o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade”. “Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço”, concluiu.
Lula respeitou um minuto de silêncio no Palácio do Planalto, em Brasília, em homenagem a Salgado e também presenteou o mandatário angolano, João Lourenço, que visita o país, com uma fotografia de Salgado.
O líder brasileiro comentou que, antes de saber sobre a perda de Salgado, sua assessoria já havia “preparado” exatamente uma fotografia de autoria do brasileiro para presentear Lourenço.
Nascido em 1944 em Minas Gerais, Salgado formou-se em economia e começou a fotografar profissionalmente em 1973. Em 1994, fundou com sua esposa Lélia Wanick a agência Amazonas Images, dedicada exclusivamente ao seu trabalho.

Ricardo Stuckert
Ao longo de sua carreira, ele viajou para mais de 100 países para seus projetos fotográficos, que se tornaram exposições de extraordinário sucesso em museus e galerias de todo o mundo, incluindo Itália, e livros, entre os quais se destacam Terra (1997), Retrato de Crianças do Êxodo (2000), África (2007), Gênesis (2013), Perfume de Sonho (2015), Kuwait – Deserto em Chamas (2016), Ouro (2019) e Amazônia (2021).
A notícia de seu falecimento, devido a “grave leucemia”, desenvolvida a partir de uma malária contraída em 2010 na Indonésia, enquanto realizava seu projeto Gênesis, segundo sua família, foi revelada pelo Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa.
Leia a homenagem de Lula a Salgado na íntegra
Me sinto profundamente triste com o falecimento de Sebastião Salgado, ocorrido na manhã desta sexta-feira.
Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade.
Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração.
Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade. Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço.
(*) Com Ansa
