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Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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O Grupo de Puebla, uma iniciativa que reúne lideranças progressistas de países latino-americanos, rejeitou nesta quarta-feira (13/11) a decisão da Justiça argentina que condenou a ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão e a inabilitação para exercer cargos públicos por suposta “istração fraudulenta”.

Em nota, o órgão expressou “profunda preocupação e rechaço à perseguição judicial, política e midiática” contra Kirchner, incluindo também contra o ex-mandatário Alberto Fernández. De acordo com o Grupo de Puebla, trata-se de uma “guerra contra o progressismo argentino”.

O documento incluiu críticas à conduta do juiz Julián Ercolini “próximo do ex-presidente Macri” de direita, ao acusá-lo de ter articulado uma sentença condenatória que se enquadra como caso de lawfare. 

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“Este é um novo capítulo num vergonhoso processo de guerra jurídica para fins políticos (lawfare), cheio de irregularidades processuais, procuradores e juízes tendenciosos, fugas de informação nos meios de comunicação, ataques à reputação contra ela e a sua família”, diz o comunicado.

O Grupo de Puebla também mencionou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil; Evo Morales, da Bolívia; e Rafael Correa, do Equador; para reforçar que, da mesma como o órgão tomou medidas nos julgamentos dessas lideranças, novamente acionará o Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD) e comunidades políticas para impedir as manobras dos “atores neofascistas argentinos que estão por trás desta estratégia sinistra”.

X/Cristina Kirchner
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada a seis anos de prisão e a inabilitação para exercer cargos públicos por istração fraudulenta, de acordo com a confirmação de um tribunal de apelações nesta quarta-feira (13/11)
Leia a nota na íntegra:

“A partir do Grupo de Puebla expressamos a nossa profunda preocupação e repúdio à perseguição judicial, política e midiática reativada nas últimas semanas contra a ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, à qual se soma uma perseguição ao ex-presidente Alberto Fernández pela chamada “causa do seguro”, no que pode ser considerado um novo capítulo de uma guerra jurídica contra o progressismo argentino.

O comportamento prevaricador do juiz Julián Ercolini, próximo do ex-presidente Macri, procurou preparar o terreno para a emissão de uma sentença condenatória anunciada contra a ex-presidente, cujo conteúdo já é do conhecimento de todos. Este é um novo capítulo num vergonhoso processo de guerra jurídica para fins políticos (lawfare), cheio de irregularidades processuais, procuradores e juízes tendenciosos, fugas de informação nos meios de comunicação, ataques à reputação contra ela e a sua família, e tudo isto no meio de um deserto de garantias legais e constitucionais que levaram ao atentado contra sua vida em 1º de setembro de 2022, na cidade de Buenos Aires.

Aos setores e atores neofascistas argentinos que estão por trás desta estratégia sinistra e que fazem parte da máfia e da nova direita radical latino-americana em cumplicidade com reconhecidos políticos extremistas europeus, notificamos que, como fizemos nos julgamentos de Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador, continuaremos a fazê-lo nestes casos através do Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD) e das nossas comunidades políticas e coletivas e centros de pensamento. Podem ter a certeza de que a sua perigosa tentativa de politizar a justiça latino-americana para subordiná-la aos seus poderosos interesses econômicos e midiáticos não terá sucesso.

Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia.

Rafael Correa, ex-presidente do Equador.

Marco Enríquez-Ominami, ex-candidato presidencial e coordenador do Grupo Puebla, Chile.

Andrés Arauz, ex-ministro e ex-candidato presidencial, Equador.

Aída García Naranjo, ex-Ministra da Mulher e do Desenvolvimento Social, Peru.

Sonia Gutierrez Raguay, Representante Nacional, Guatemala.

Eduardo Valdés, Deputado Nacional, Argentina.

Irene Montero, ex-Ministra da Igualdade e Deputada ao Parlamento Europeu, Espanha.

Cecilia Nicolini, Parlamentar do Mercosul, Argentina.

Carlos Ominami, ex-Ministro da Economia, Chile.

Camilo Lagos, Presidente da Fundação Progresa, Chile.

Ricardo Patiño, ex-chanceler, Equador.

Esperanza Martínez, Senadora Nacional, Paraguai.

Clara López, Senadora Nacional, Colômbia.

Baltasar Garzón, jurista – ESPANHA

Carol Proner, jurista – BRASIL

Juárez Tavares, advogado – BRASIL

Enrique Santiago, político e advogado – ESPANHA

Gisele Ricobom, advogada – BRASIL

Elizabeth Gómez Alcorta, advogada – ARGENTINA

Larissa Ramina, advogada – BRASIL

Emilio Camacho, jurista – PARAGUAI

Gerardo Pisarello, político e jurista – ESPANHA

Harold Correa, advogado e consultor – CHILE

Lina Mejía Torres, advogada – COLÔMBIA”