Assessora da Flotilha no Brasil é bloqueada no WhatsApp após Israel sequestrar embarcação
Luciana Palhares ficou 10 horas sem o ao aplicativo, o que dificultou comunicação com autoridades em busca de ajuda aos ativistas presos
A empresa Meta bloqueou por 10 horas o o da ativista Luciana Palhares, representante brasileira da Coalizão Flotilha da Liberdade (FFC, por sua sigla em inglês), ao aplicativo WhatsApp, logo após as forças militares de Israel sequestrarem o navio Madleen e aprisionarem os 12 ativistas que estavam a bordo, tentando levar ajuda humanitária ao território palestino da Faixa de Gaza.
Em entrevista a Opera Mundi, Luciana afirmou que o bloqueio do WhatsApp teve início pouco depois da meia noite, já nesta segunda-feira (09/06).
“Foi uma medida que me surpreendeu, porque aconteceu num momento em que a detenção tinha acabado de acontecer, e eu precisava difundir essas informações, mas as comunicações só voltaram pouco depois das 10h”, relata.
Segundo a representante da FFC, o aplicativo enviou uma mensagem alegando que o bloqueio teria sido imposto devido a uma denúncia sobre “envio de spam”.
Vale destacar que Luciana, devido ao seu trabalho como na FFC, ou os últimos cinco dias enviando grande quantidade de informações sobre a situação do Madleen para diferentes meios de comunicação, sem que isso fosse punido como spam por parte do aplicativo da empresa Meta.

Coalizão Flotilha da Liberdade
Momento do bloqueio
O bloqueio ao WhatsApp de Luciana foi aplicado minutos depois do sequestro do Medleen, portanto, em um momento delicado, em que ela tentava difundir informações sobre a situação dos tripulantes aprisionados e se comunicar com autoridades sobre a necessidade de ajuda ao grupo, que conta com um cidadão brasileiro: o ativista Thiago Ávila.
Também faz parte do grupo sequestrado a ambientalista sueca Greta Thunberg, que atua há anos em movimentos de denúncia ao genocídio na Palestina.
“O bloqueio dificultou o trabalho de divulgação das informações e contatos com as autoridades, não impediu o trabalho, mas gerou um obstáculo, e como eu disse antes, o que chama a atenção é o momento em que isso aconteceu”, acrescentou Luciana.
A ativista afirmou que “estamos conversando com representantes de diferentes governos para tentar conseguir a liberdade dos integrantes da tripulação o mais rápido possível”.
Segundo o governo de Israel, Thiago Ávila e os demais ativistas do Medleen se encontram presos em um centro de detenção na cidade portuária de Ashdod.
