window.advanced_ads_ready=function(e,a){a=a||"complete";var d=function(e){return"interactive"===a?"loading"!==e:"complete"===e};d(document.readyState)?e():document.addEventListener("readystatechange",(function(a){d(a.target.readyState)&&e()}),{once:"interactive"===a})},window.advanced_ads_ready_queue=window.advanced_ads_ready_queue||[];
Sexta-feira, 13 de junho de 2025
APOIE
Menu

Em meio a uma crise na coalizão governista de Israel, partidos da oposição apresentaram nesta quarta-feira (11/06) um projeto de lei para dissolver o Knesset, o Parlamento do país.

A sessão começou com a votação da matéria, mas foi adiada para o final do dia após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que compareceu ao Tribunal Distrital de Tel Aviv para depor, alegar estar indisposto.

Segundo líderes da oposição, a manobra governista tem o intuito de ganhar tempo e tentar conter a rebelião dentro da própria coalizão. “O objetivo agora é concentrar todos os esforços num único propósito: derrubar o governo”, afirmaram, em nota oficial.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

A decisão, tomada por unanimidade entre todas as legendas opositoras, conta com a adesão do partido Judaísmo Unido da Torá (UTJ), que abandonou a coalização governista frente ao ime envolvendo o recrutamento militar de judeus ultraortodoxos (haredim).

Longo processo

“Nosso partido votará a favor da dissolução”, disse Yitzhak Pindrus, líder do UTJ. A legenda ultraortodoxa possui sete cadeiras na coalizão. Mesmo com sua adesão à proposta da oposição, Netanyahu manteria maioria mínima (61 dos 120 parlamentares), o suficiente para sustentar o governo.

Votação para dissolver parlamento acontece no final desta quarta-feira (11/06) no Knesset
Beny Shlevich / Wikimedia Commons

As esperanças da oposição se concentram na adesão do Shas, partido da ultraortodoxia sefardita judaica, ao movimento. Com 11 assentos no Parlamento, se a legenda romper com o governo, a coalizão perderia 18 cadeiras, ficando em minoria no Knesset, o que levaria à convocação de novas eleições.

A decisão do Shas ainda é incerta. Fontes internas do UTJ revelaram ao Haaretz que o líder do partido, Arye Dery, trava uma verdadeira “guerra mundial” para evitar a dissolução, tentando manter os compromissos políticos firmados.

O projeto de dissolução precisa ser aprovado em quatro votações, a preliminar, mais três leituras subsequentes no plenário. Isso pode estender a decisão até o recesso do Parlamento, marcado para 27 de julho.

Se o processo for concluído com sucesso, novas eleições devem ser realizadas em 21 de outubro. No entanto, se o projeto for rejeitado na votação inicial, ele só poderá ser reapresentado após seis meses.

A pressão sobre a coalizão do primeiro-ministro israelense se agrava frente às pressões externas e internas contra a continuidade do genocídio em Gaza.