Toscana, região na Itália, rompe relações institucionais com Israel
Conselho regional aprovou moção 'à luz das graves e persistentes violações do direito internacional e humanitário em Gaza'
A região italiana de Toscana decidiu romper relações com Israel “à luz das graves e persistentes violações do direito internacional e humanitário em Gaza”, onde 55 mil palestinos foram mortos e toda a população está sob o espectro da fome.
A decisão no histórico bastião da esquerda italiana foi tomada pelo Conselho Regional (a assembleia legislativa da região) por meio da aprovação de uma moção para interromper todas as formas de colaboração institucional com o governo israelense.
Segundo o governador Eugenio Giani, do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, a moção tem caráter “eminentemente simbólico”, uma vez que as relações internacionais não são de responsabilidade das regiões”.

UNRWA/X
Ainda assim, o texto pede para o governo toscano interromper “qualquer forma de relação institucional com os representantes do governo de Israel e entidades a ele ligadas que não demonstrarem abertamente a vontade de colocar fim ao massacre em curso” em Gaza.
“As imagens que continuam chegando de Gaza são inaceitáveis e impõem uma tomada de responsabilidade por parte de todas as instituições democráticas. Não é um ato contra o povo israelense, que, em parte, é vítima das escolhas perversas dos próprios governantes, mas sim totalmente contra o governo Netanyahu e seus comportamentos criminosos”, disse o líder do PD no Conselho Regional da Toscana, Vincenzo Ceccarelli.
A mesma fórmula já havia sido usada no fim de maio pelos governos da Emilia-Romagna e da Puglia, ambas controladas pela centro-esquerda, para romper relações com a gestão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI) por suspeita de crimes de guerra no enclave palestino.
(*) Com Ansa
