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Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, advertiu nesta quarta-feira (12/03) que a posição de seu país sobre a guerra na Ucrânia não se decide “no exterior graças a acordos ou esforços de outras partes”.

O pronunciamento responde ao anúncio de que o presidente norte-americano Donald Trump e seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, acordaram nesta terça-feira (11/03) um cessar-fogo de 30 dias.

O acordo entre os dois foi possível após Zelensky concordar em ceder a exploração de parte das terras raras de seu país aos Estados Unidos. Em contrapartida, Trump se comprometeu a voltar a fornecer ajuda militar e de inteligência à Ucrânia, interrompida há uma semana.

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Os Estados Unidos pretendem falar com a Rússia nas próximas horas para saber até que ponto o país concorda com o acordo proposto. “Para dançar um tango, são preciso dois”, disse Trump.

Rússia reitera que não aceitará tropas europeias na Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, reiterou que qualquer proposta sobre a Ucrânia “deve se concentrar em erradicar as causas profundas do conflito”. O diplomata destacou questões críticas como o Kremlin considerar inissível a presença de tropas europeias na Ucrânia.

“Toda vez que eles trapaceiam, perdem”, disse Lavrov. Segundo ele, se houvesse sido possível um acordo nas conversas com a Ucrânia em Istambul, em 2022, o país teria preservado suas fronteiras de 1991, sem a Crimeia e parte do Donbass. As declarações foram feitas a blogueiros norte-americanos.

Ele frisou que os interesses dos Estados Unidos e da Rússia não coincidem em muitos aspectos, mas que ambos países se movem pela mesma lógica:

“Quando os interesses não coincidem ou se contradizem, os países responsáveis devem fazer todo o possível para evitar que as contradições se transformem em confronto militar, que teria consequências catastróficas para outros países”, disse Lavrov.

guerra na Ucrânia
Fotos Públicas / @ZelenskyyUa
Ucrânia aceitou trégua de 30 dias proposta pelos Estados Unidos

Chefes de inteligência da Rússia e dos EUA conversam

O “acordo” entre Kiev e Washington ocorreu após uma reunião que durou mais de oito horas nessa terça-feira na Arábia Saudita.

Depois da reunião, Zelensky disse que a trégua entraria em vigor imediatamente se Moscou a aceitasse. “Agora cabe aos Estados Unidos convencer a Rússia”, disse o presidente ucraniano.

Nesse contexto, os chefes dos serviços de inteligência da Rússia e dos Estados Unidos conversaram por telefone nessa terça-feira sobre uma possível cooperação entre as duas agências e como lidar com crises potenciais.

Sergei Naryshkin, chefe dos serviços de inteligência internacionais da Rússia, e John Tarcliffe, diretor da Agência de Inteligência dos EUA (CIA), concordaram em manter “contatos regulares”.

Europa se reúne novamente para debater sua participação

Os contatos, segundo o jornal El País, serão “para reduzir o confronto” nas relações bilaterais e “ajudar a garantir a estabilidade e a segurança internacionais”. É o primeiro contato oficial entre as agências de inteligência dos dois países desde 2022.

Nesta quarta-feira, os ministros da Defesa da França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Polônia se reunirão em Paris. Eles continuarão a discussão de como a Europa se posicionará nas negociações de paz e como pretende ajudar a Ucrânia.

Muitos desses países defendem o envio de tropas europeias para a Kiev. Embora ressalvem que fariam apenas a defesa de portos, aeroportos e instalações energéticas, longe da fronteira russa, uma possibilidade de Moscou considera inaceitável.